segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Dicas úteis para acabar com o mofo e do bolor nas paredes devido à umidade.

Você quer se livrar do mofo e do bolor nas paredes e evitar que eles voltem? Nós reunimos uma série de dicas úteis para acabar com o problema!



Mofo e bolor são o terror da maioria das casas. Até porque eles podem fazer mal para a saúde, principalmente doenças respiratórias e de pele. Mas, por sorte, é possível utilizar produtos de limpeza do dia a dia para acabar com os fungos e impedir que eles voltem a aparecer. Nesse casos, é importante ir direto à raiz do problema. Continue lendo para saber como se livrar do mofo na sua casa.

De que são compostos o mofo e o bolor e por que eles aparecem nas paredes?


O mofo é um tipo de fungo que se desenvolve por esporos suspensos no ar. Em geral, eles crescem em ambientes quentes e úmidos, sem muita circulação de ar. Essa é a razão que faz com que tantos banheiros e despensas sejam atacados por mofo. Já o bolor é outro tipo de fungo que pode crescer nas paredes. Ele é caracterizado por manchas que podem se espalhar rapidamente se não forem tratadas.
Em geral, esses fungos crescem apenas pelas condições do ambiente. Outras vezes, eles podem ser resultado de vazamentos do encanamento no interior ou no exterior da casa. A tubulação de ar condicionado, por exemplo, pode gerar excesso de umidade no interior das paredes quando não é isolada adequadamente.
Para saber se o que está em sua parede é realmente mofo ou bolor, aplique um pouco de alvejante nas manchas utilizando um pedaço de pano. Se a mancha clarear após alguns minutos, você encontrou fungos. Se não, provavelmente suas paredes estão apenas sujas.


Como limpar mofo das paredes

Para limpar o mofo e o bolor da sua casa é necessário tomar certos cuidados. E lembre-se, se você tiver um problema grave de fungo nas paredes, pode ser melhor procurar a ajuda de um especialista.
Veja a seguir como proceder se o problema estiver localizado em uma área restrita. Procure usar proteção para os olhos, luvas e uma máscara para o rosto para evitar o contato com os esporos liberados pelos fungos. Abra as janelas ou use um ventilador.
  1. Para começar, misture uma solução de uma parte de água sanitária para três de água ou utilize um limpador de superfícies que tenha cloro em sua composição ativa, como Cif Tira-Limo.
  2. Utilize, então, uma escova de cerdas duras, para esfregar a área escurecida.
  3. Por fim, enxágue o local com o auxílio de um pano umedecido.
Se esse método não funcionar, há produtos formulados especialmente para mofo e bolor nas paredes que são mais fortes. Mas lembre-se de testar em uma pequena área escondida da parede primeiro e nunca misturar soluções de limpeza, pois isso pode gerar reações químicas perigosas.

Como evitar a volta do mofo e do bolor

Uma vez que você tenha dado fim ao bolor em suas paredes, o próximo passo é evitar que ele volte. A melhor dica para se livrar do mofo é eliminar as condições de calor e umidade, que são ideais para seu crescimento.
  • Estenda cortinas de banheiro e toalhas para secar.
  • Mantenha banheiros, cozinhas e outros ambientes úmidos bem ventilados e secos.
  • Para evitar a formação de mofo a longo prazo, considere instalar um desumidificador elétrico nas áreas mais gravemente afetadas.
  • Você também pode cobrir a área com pintura antimofo, à venda na maioria das lojas do ramo. Sempre leia as instruções do fabricante e verifique se o produto é recomendado para o seu tipo de parede.
  • Paredes e tetos com bom revestimento também serão menos afetados pela condensação e, consequentemente, por mofo.
  • Conserte vazamentos no momento de sua descoberta para evitar que a umidade se infiltre em cavidades e abaixo do piso.
  • Você pode ainda vedar a tubulação do ar condicionado, caso descubra que essa é a origem do problema.
Mas, se o mofo e o bolor de sua parede voltarem, não entre em pânico. Esse é um problema comum e agora você já sabe como acabar com ele!
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quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Closets incríveis.



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Closet que combina dois padrões em MaDeFibra BP, o Carvalho Berlim Design e o Preto Trama, painel texturizado
Os closets tornaram-se um objeto de desejo para muitas pessoas, em especial as mulheres. Tanto que muitos imóveis modernos já contemplam este cômodo ou pelo menos uma área para ele, mesmo quando o apartamento ou casa não é muito grande.
Este é um espaço que deve ser muito bem planejado, e existe aí uma oportunidade enorme para quem trabalha com marcenaria. Veja nossas dicas e as principais tendências e mostre ao seu cliente que você é um especialista quando o assunto for closet.

Projete pensando no cliente

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Criado por Brunete Fraccaroli para a Casa Cor São Paulo 2015, este móvel foi produzido com os painéis em MaDeFibra BP Carvalho Malva Design e Preto Cristallo, em alto brilho
Para criar um closet que encante não só pelo acabamento, mas também pela funcionalidade, o segredo é começar com uma boa conversa com quem o usará – homem, mulher ou casal. Descubra o que o cliente gosta e, também, quais peças de vestuário ele tem em maior quantidade. Por exemplo, existem mulheres que possuem verdadeiras coleções de sapatos, que podem ser expostos de diversas formas. Por isso, também é importante estar por dentro dos acessórios atuais para armários.

Sugira uma bancada

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Este closet da modelo Gisele Bündchen conta com uma bancada central com gavetas (Fonte: Architectural Digest)
Se o ambiente for grande, não deixe de sugerir uma bancada de apoio, que é um móvel de centro, geralmente com gavetas e elementos em vidro para guardar joias e acessórios. Ela torna o espaço mais aconchegante e o caracteriza melhor como uma sala de vestir. Porém, é preciso haver espaço para este móvel, caso contrário ele atrapalhará a circulação. Como diferencial, experimente produzi-lo com um padrão diferente do usado nos armários.

Ilumine e valorize

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Solução criada por Guilherme Torres e apresentada na última edição da Casa Cor São Paulo, com MaDeFibra BP Preto e Branco Ártico, ambos da linha Trama, com iluminação interna
Um bom closet tem sempre uma boa iluminação. E a marcenaria pode dar sua contribuição neste quesito. A instalação de luzes na parte interna dos armários de closets, em prateleiras e por trás de cabideiros é um recurso cada vez mais usado, que oferece praticidade ao cliente e sofisticação ao seu projeto. Existem soluções fáceis para este tipo de iluminação, como, por exemplo, fitas de LED, que podem ser facilmente instaladas. Spots embutidos são outro recurso interessante.

Invista no brilho

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Closet com portas de correr em Gianduia Cristallo, único painel em MDF BP do mercado com alto brilho, disponível em diversas opções unicolores e madeiradas
Os padrões usados nos closets devem seguir a personalidade dos seus donos e o estilo do ambiente. E apesar do branco e dos madeirados claros serem opções que não saem de moda, são hits os padrões escuros, principalmente em closets masculinos. Seja em tons leves ou mais pesados, uma escolha certeira são os painéis em alto brilho, como os da linha Cristallo da Duratex. Eles podem ser usados isoladamente ou combinados a outros padrões unicolores ou madeirados, e o resultado é sempre sofisticado.
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segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Casas Enxaimel - Mitos e Curiosidades.


Origem do Enxaimel

        Alguém de vocês já viu uma foto de casa etrusca de 500 anos antes de cristo? Ou uma casa turca de 8.500 anos atrás? Alguns afirmam que essas são as origens do enxaimel. Eu, assim como muitos alemães, questiono totalmente e deve ser desvinculado como "origem". Primeiro, porque nunca encontraram uma casa etrusca ou Turca intacta. Encontraram palácios, templos e tumbas em pedra e alvenaria. Mas... das casas apenas encontraram o fundamento de pedra. Como não havia indícios de alvenaria, presumiram então que seria de Adobe. (podiam ter simplesmente considerado que as pedras das paredes foram levadas para outro lugar, reutilizadas em outra casa.) No entanto uma recente descoberta acaba com esse Mito: 

http://videos.howstuffworks.com/discovery/40960-archaeology-ancient-etruscan-house-discovered-video.htm

        Encontraram na Italia uma casa etrusca intacta. E suas paredes são de pedra e terra. Inclusive da mesma forma como são construídas as casa ainda hoje em dia na Toscana.     
        Mesmo assim... em algumas instituições, nada muda e seguem ensinando que vem dos etruscos... ("É porque está nos livros."... alguns justificam) 
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      O Enxaimel, como nós o conhecemos, é um momento na história que as casas deixaram de usar estacas fincadas no solo para dar estabilidade à estrutura. As madeiras passaram a usar encaixes para formar estruturas rígidas para somente depois, serem preenchidas e esta se tornou a sua maior característica. O telhado inclusive deve ser colocado antes de preencher os vãos, para que seu peso torne a estrutura mais firme.  Adobe não é Enxaimel. Adobe são vários tijolos empilhados formando gradativamente a estrutura da casa. As colunas de madeiras existentes são apenas apoiados e usados mais como batentes de portas e janelas. A mesma coisa se aplica ao pau a pique.
        Segundo, nas duas regiões ou em suas vizinhanças, nunca evoluíram posteriormente nesta técnica do Adobe. Até nos dias atuais continua sendo usado da mesma forma há 2000 anos. Já na Alemanha, o Enxaimel passou por grandes mudanças e aperfeiçoamentos, influencia dos períodos Gótico, Renascimento, Barroco e Romantico (artes e ofícios) e ainda hoje segue evoluindo em técnica e conceitos.


                              
                                          Casa de Adobe - Espanha  

        A origem comprovada do Enxaimel é na região de Quedlimburg, no centro da atual Alemanha. Um recente método de datação baseado na Dendrocronologia e possibilita estimar a data da madeira existente na edificação com extrema precisão. O erro não chega a 1 ano. Com isso, estão confirmando datas de 700 a 800 anos em várias casas em várias partes da Alemanha e  em especial nesta região de Quedlimburg com as mais antigas. E isto vai confirmando que a maioria das casas mais antigas é do período da Idade média alta, nos séculos 11 e 13. O que não quer dizer que o enxaimel só tenha 800 anos. Boa parte destes prédios antigos, são edificações grandes, de 2 a 4 andares e com significativo conteúdo técnico e cultural. Ou seja... não foram as primeiras na história a serem construídas. Para chegar naquele nível... estimam que possa ter passado 5 a 6 séculos. Mas isso, só poderá ser comprovado quando encontrarem evidências. Isso é uma grande preocupação na Alemanha, de se cuidar de todas as casas, independente da sua "importância" por tamanho ou conteúdo. Uma simples casinha... ou um quarto, poderia ser essa evidencia das primeiras casas e reescrever a história.


Blockhaus



        Outra técnica construtiva que é erroneamente associada ao enxaimel. São casas que possuem as paredes feitas de toras de madeira, falquejadas e deitadas. Afirmam que no início, na abundancia das florestas, estas casas eram as precursoras do Enxaimel. E a medida que a madeira ia se esgotando, passaram a usar o enxaimel. Totalmente errado afirmar, porque primeiro, são técnicas de encaixe bem diferentes. Eram pouquíssimas pessoas que podiam construir casas assim. É necessário muita madeira e mão de obra. Segundo... estas casas são fabricadas até os dias de hoje. E em todas as partes do mundo. Onde há florestas... sempre vai se encontrar cabanas assim.



 
As primeiras casas.


        Muitos afirmam que os próprios colonos construiram suas casas. É freqüente encontrado em textos e descrições dos tempos antigos afirmando que o colono se instalava provisoriamente numa cabana e aos poucos, e com um enxó, ia fazendo sua casinha enxaimel com a ajuda da família. Na verdade é um pensamento infantil, extremando o romantismo com a fantasia.

        Quanto mais analisarmos este tipo de pensamento constatamos que nem sequer se deram ao trabalho de pensar. Se observar a vida de um colono, ele mal tinha  tempo para sentar. O trabalho no campo já começava às 5:00 da manhã e terminava ao por do sol e todos os familiares tem tarefas diárias. Para se construir uma casa enxaimel não é tão fácil assim. Ferramentas e estudo para isso eram caríssimos e inacessíveis para a maioria dos colonos. Inclusive os carpinteiros que aqui chegaram, se não tivessem trazido suas próprias ferramentas, conhecimento e instrumentos de medição (o sistema métrico ainda não existia) nada poderiam fazer. Inclusive era recomendado nas cartas de Dr. Blumenau, que os colonos deveriam trazer suas ferramentas, porque por aqui não havia nada. O mito da própria família ter construído a casa, se deve ao evento da cumieira. O carpinteiro trazia de carroça toda a estrutura da casa desmontada. Algumas peças maiores, como vigas de asssoalho e sem requisito geométrico podiam até ser cortados no local. E na montagem, que durava em média uma semana, o colono e sua família tinham condições de ajudar. Mesmo porque, para montar algumas peças mais longas, são necessárias várias pessoas para erguer com segurança. Os carpinteiros não tinham mais de 2 ajudantes fixos. E então com a ajuda da família e vizinhos, se justifica a afirmação que foi a própria família que construiu a casa. Até explica o fato de na época as festas de cumieira serem mais comuns e praticadas com tanta enfase. Era um momento especial e de realização em conjunto.

        
É preciso ter em mente, que comprovadamente, todas as casas aqui foram construídas por carpinteiros formados ou seus aprendizes. Todas apresentam evidencias que foram pré-fabricadas. Eram montadas em oficinas ou fábricas próximas de serrarias e depois transportadas e montadas em seu local definitivo.

        Outro dia, calculamos a grosso modo e desconsiderando o desgaste físico, o tempo que uma casa seria construída, com 2 pessoas sem prática, se fosse toda feita manualmente com serra e machado. Levaria 1 ano. Quando no processo normal ... leva 3 meses. Ou seja, já haveria madeiras apodrecendo antes de começar a montar a casa.


Uma casa enxaimel feita com enxó.

        Outra afirmação muito comum e errada. E tenho escutado de pesquisadores e professores inclusive. O enxó é uma ferramenta muito rudimentar, que tem forma de enxada curta e bem afiada.  Só que é de pedreiro. Serve p fazer lascas na madeira para o reboco colar melhor e também para fazer cortes em cunha para caixaria. Não tem precisão alguma e é de manuseio perigoso. Provavelmente algum pesquisador consultou um pedreiro mas não comprovou com ele como se faz.  Se o tivesse feito, perceberia que é impossível executar cortes retos e uniformes com uma ferramenta dessas. Nem adiantar vir com argumentos que na época da colonização eles tinham uma "técnica especial". Se observar na superfície das madeiras de qualquer casa enxaimel, haverá marcas uniformes de serra, indicando que o corte foi mecanico (na época já havia alternativas como locomobil a vapor ou roda d'água). Antes da fundação da cidade, em 1848, o próprio Dr Blumenau já tinha investido na construção de um engenho de serrar.


 
        Existem alguns casos que as vigas do sótão foram cortadas manualmente na ocasião da montagem, porque são peças pesadas e sem rigor geométrico. Neste caso foram cortadas usando um "falquejador", um tipo de machado para desbastar troncos. Esta sim, é uma ferramenta funcional e autentica de Enxaimel. Com corte amplo, fácil e seguro de usar. E ao contrário do enxó, é possível visualizar o corte sendo feito. (assista à uma demonstração no video do youtube anexo). No Museu Nacional da Imigração em Joinville há um destes no acervo. Em Rio do Sul, no Museu Histórico há o mais rico acervo que eu já vi. São diversos machados especiais para falquejar, serrotes gigantes e instrumentos de carpintaria. Vale a pena conhecer.  
 http://www.youtube.com/watch?v=J4UiNAE5OY0 

 

                      Enxó                                              Machado "Falquejador"       
        Outra hipótese para o erro de interpretação, pode ter sido porque outros dois tipos de carpinteiros usam essa ferramenta. Os carroceros e os tanoeiros.

        O Machado Falquejador, tem nome original em alemão de Breitbeil (machado amplo) e possue versões destro e canhoto. Tem a forma que lembra antigas armas de guerra. Mas é muito eficiente, apesar de manual.






O enxaimel aqui não tem nada a ver com o alemão.


        
Outro mito que na verdade não tem nada a ver com pesquisa de campo séria. Provavelmente surgiu de alguém que foi fazer turismo na Alemanha, em cidades como Munique, Colonia, Frankfurt etc. Vendo o Enxaimel de lá, "comprovou" que o Enxaimel da Alemanha não nada tem a ver com nosso daqui. Prédios imensos, madeiras grossas e carregadas de ornamentos e riqueza artística.

        Estava usando referencias erradas de época e local. 
Muitos daqueles prédios tem mais de 300 e até 500 anos. Muito mais antigos do que o período da colonização alemã aqui. Há imensas diferenças técnicas e culturais, pois a Alemanha passou por vários conflitos e situações econômicas. Nos momentos de paz havia abundancia de ornamentos e nos períodos de guerra ou crises se aplicava austeridade. No período da colonização então, era de extrema austeridade devido a revolução industrial e a um períodos com 3 guerras seguidas, de 1864 a 1871.

http://www.denkmal-panorama.de/ergebnis.php?dat=1801%20-%201850

        As fotos abaixo são de diversas cidades da região da Baixa Saxonia. Casas preenchidas com tijolos são encontradas também em toda a Alemanha, porém com alguns detalhes diferentes. Já estas, foram selecionadas de acordo com critérios técnicos de enxaimel identicos aos da região do Vale do Itajaí. São todas do periodo de 1800 a 1900.








E... aqui as casas em Blumenau. As fotos são de Marion Rupp.




 
         Se você imaginar a Alemanha num mapa e dividi-la no meio horizontalmente*, a parte de cima (norte) é o berço da nossa maioria de nossa colonização. Ali então era a Prússia e a Alemanha ficava no Sul. Se o pesquisador tivesse ido a esse lado, em estados da Saxônia (são 3), Turíngia e Berlin, teria encontrado casas idênticas as nossas inclusive até com puxados. Se alguém for seguir a Spargelstrasse na Baixa Saxônia é uma estrada que circula o estado (tipo rota enxaimel) encontrará muitas casas como as que vemos aqui em Blumenau. Se alguém ainda não se convenceu, eu sugiro dar uma olhada no link abaixo. São casas construídas no século 19, numa região entre Hannover e Hamburg. Na lista, basta clicar nos artigos em negrito para abrir a pasta com fotos. Excelente site!!          Mas o caso mais absurdo de "exatamente como na Alemanha" eu cito sempre as casas de Ivoti no RS. São chamadas de Riegellose Sparfachwerk. Nome complicado, mas a tradução diz tudo: “enxaimel economico - sem travessão” Eram casas pequenas, que criaram durante uma crise de madeira e leis proibiam a aplicação de alguns elementos estruturais. Ordenavam utilizar o mínimo necessário de madeira. Ou seja... até os travessões (aquela linha do meio) foram excluidos. O absurdo disso, era que os carpinteiros continuaram obedecendo esta norma de economia, no meio de uma abundancia de madeira, a 13.000 km de distancia. Algumas casas desse tipo já foram erroneamente consideradas como um tipo de "enxaimel português", dada sua simplicidade.


                      
                  Casa na Alemanha                               Casa no RS, em Picada Café



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Fonte - http://casasenxaimel.com.br/page8.aspx


sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Como usar arandelas, aquelas luminárias que são instaladas nas paredes ?



O que são luminárias do tipo Arandela ?

Luminárias do tipo arandela são aquelas que ficam presas à parede. Além de muito funcionais do ponto de vista luminotécnico, podem ser peças que deixam a casa mais bonita. Vejam abaixo a seguir como escolher o modelo certo para cada ambiente, como e onde instalá-las e como obter a melhor performance na iluminação dos espaços.

O modelo certo.





Não existe uma única peça correta para um determinado ambiente. Há uma infinidade de modelos no mercado, de diferentes gostos e estilos. Pessoalmente, gosto de ir pelo caminho mais simples. Uma caixinha branca, básica, não oferece riscos a nenhuma decoração. Ou seja, é difícil errar.



Modelos mais rebuscados são bem perigosos. A menos que você tenha um bom profissional cuidando do seu projeto, evite! E se sua casa não for nenhum palácio antigo, evite ainda mais! Achar peças com a proporção correta e que combinem com o mobiliário do espaço é uma tarefa bem difícil.
A escolha do modelo certo está diretamente ligada ao tipo de luz que precisamos em um ambiente. Se estamos falando sobre o lavabo, há alguns modelos que funcionam bem. Se é uma sala de estar ou uma varanda, a história é outra.

Como e onde usar ?

Adoro a luz de arandelas. Dependendo da peça, oferecem uma luz difusa porém concentrada, sem agredir os olhos e criando um clima gostoso em casa. São bons elementos cenográficos que podem ser usados interna e externamente. Aliás, o melhor lugar para elas são as varandas.
Arandelas devem ser usadas em locais onde a luz não é protagonista. Portanto, não servem em cozinhas, salas de jantar ou escritórios. Locais onde a luz precisa ressaltar aquilo que se vê ou se come. Mas funcionam em ambientes que precisam ser iluminados de forma leve e despretensiosa, como fachadas, corredores, banheiros, varandas e dormitórios.
No caso de fachadas, devem ser usadas em locais de passagem, de forma a conduzir o trajeto. É importante verificar se o modelo escolhido pode tomar chuva e não estraga no tempo. Em banheiros e lavabos, devem ser usadas com moderação. A ideia é apenas iluminar a superfície onde fica a pia e deixar o ambiente agradável.
Para a maioria dos casos, a altura ideal de uma arandela é entre 2,00 e 2,20 m para casas com pé-direito normal (entre 2,50 e 2,70 m). Essa regra também vale para banheiros e lavabos, onde existem espelhos. Em dormitórios, arandelas são usadas como luz de cabeceira e devem ser fixadas a 1,00 ou 1,10 m de altura, sobre criados-mudos.

Para obter a melhor luz.

O segredo da boa iluminação está no modelo escolhido. Em lavabos e banheiros, por exemplo, peças com aberturas em cima e embaixo são as mais indicadas porque deixam a luz focada. Em dormitórios, a luz pode ser mais difusa. Para esse objetivo, a peça deve ser de tecido e menos focal, ideal para leitura. O mesmo vale para salas de estar, onde o objetivo é iluminar o maior espaço possível.
Cuidado com pares de arandelas ao lado de aparadores, onde não é necessário iluminar. Além de poder ficar brega, você acaba gastando dinheiro com bobagem, que no final das contas não faz nenhum diferença da iluminação do espaço.

Luz de arandelas, exceto em alguns espaços como o lavabo, é complementar. Isto é, deve fazer parte de um projeto de luminotécnica maior, integrado a outras peças como pendentes, abajures e spots. Como já disse anteriormente, um bom projeto de iluminação é aquele que oferece possibilidades para cada tipo de ocasião. Cada atividade exige um tipo de luz diferente. Não é possível usar uma peça só para estudar, jantar, assistir TV ou dar uma festinha.

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quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

35 Árvores ideais para calçadas.

As árvores são fundamentais nas ruas e avenidas. Além de embelezar, elas tem um importantepapel no equilíbrio térmico, refrescando onde quer que estejam. Também colaboram com a redução da poluição sonora e do ar, fornecem sombra, refúgio e alimento para as aves. Os benefícios não param por aí, poderíamos falar de fixação de carbono, produção de oxigênio, proteção contra ventos, etc. Mas a escolha da espécie correta é fundamental. Se você deseja plantar uma árvore na sua calçada, o primeiro passo é procurar a prefeitura. Muitas delas tem um plano de arborização urbana, com espécies de árvores indicadas por profissionais capacitados. Não raro, você poderá solicitar o plantio à prefeitura, ou buscar as mudas você mesmo no viveiro municipal.
Fique atento, o plantio da árvore errada pode provocar muita dor de cabeça no futuro, como tubulações de água e esgoto estourados, calçadas levantadas, problemas na rede elétrica, galhos que ameaçam cair a qualquer momento, frutos pesados que caem sobre carros, ramos espinhentos que atrapalham os pedestres, sujeira e mal cheiro advindo de frutos, folhas ou flores caídos, entre muitas outras situações desagradáveis a perigosas. E geralmente você não pode fazer muita coisa. Na maioria das vezes o corte ou poda é permitido apenas à prefeitura e companhia elétrica. O corte inautorizado pode lhe render multas pesadas  e, dependendo da espécie, ser considerado crime ambiental. Você terá que solicitar o serviço e aguardar que aprovem. Portanto, escolha bem. Uma árvore é maravilhosa e para além da vida toda. Abaixo segue uma lista de espécies que são indicadas para calçadas. As espécies que alcançam até 10 metros são boas para calçadas com fiação elétrica, enquanto as maiores podem ser plantadas em calçadas sem fiação.

  1. A bela flor da Bauhinia-de-hong-konh. Foto de Toby Oxborrow
    1. Ácer – Acer palmatum – Mais indicado para regiões serranas, apresenta pequeno porte, atingindo até 8 metros de altura e folhas que variam conforme as estações.
  2. 2. Bauínia de Hong Kong – Bauhinia blakeana – Árvore semicaduca, de floração exuberante, atinge cerca de 8 metros de altura.
  3. 3. Pata-de-vaca – Bauhinia forficata eBauhinia variegata – Árvore florífera e semicaduca, de pequeno porte, ideal para calçadas estreitas e sob a fiação elétrica.
  4. 4. Oiti – Licania – Árvore frutífera, largamente utilizada na arborização urbana no sudeste do país.
  5. 5. Escova-de-garrafa Callistemon spp – Espécies de árvores de pequeno porte, nativas da Austrália, e muito resistentes à seca. Floração exuberante.
  6. 6. Cambuci – Campomanesia phaea – Arvoreta semidecídua, de aspecto delicado e frutos comestíveis. Nativa da Mata Atlântica.

  7. A bela floração da Chuva-de-ouro. Foto de Mauro Guanandi
    7. Chuva-de-ouro – Cassia fistula – Árvore belíssima, que desponta inflorescências em cachos pendentes, de cor amarelo-ouro.
  8. 8. Sombreiro – Clitoria fairchildiana – Árvore de maior porte e florescimento ornamental. Ideal para calçadas amplas, sem fiação. Atinge 12 metros de altura.
  9. 9. Jangada-do-campo – Cordia superba – Árvore bela em todos os sentidos, seja na forma, folhagem ou floração. De pequeno porte, atinge no máximo 10 metros de altura.
  10. 10. Cornos – Cornus florida – Árvore nativa dos Estados Unidos, decídua, apresenta transição de cores nas folhas e florescimento exuberante. Atinge 6 metros de altura. Ideal para clima subtropical.
  11. 11. Crataegus – Crataegus oxyacantha – Árvoreta de clima temperado, com florescimento muito ornamental. Atinge 5 metros de altura. É resistente à seca, frio e ventos fortes.
  12. 12. Eritrina-verde-amarela – Erythrina variegata – Árvore tropical, de florescimento ornamental, e folhagem espetacular. Alcança até 12 metros, mas pode ser conduzida como arbusto ou arvoreta.

  13. As flores da Eritrina-candelabro são irresistíveis aos beija-flores. Foto de Mauro Guanandi
    13. Eritrina-candelabro – Erythrina speciosa – Árvore decídua, de pequeno porte, atingindo cerca de 5 metros de altura. Seu florescimento além de exuberante ainda é muito atrativo para beija-flores. Aprecia lugares úmidos.
  14. 14. Cereja-do-rio-grande – Eugenia involucrata – Árvore nativa frutífera, atrativa para os pássaros, de copa colunar e própria para clima subtropical. Atinge 8 metros de altura.
  15. 15. Pitangueira – Eugenia uniflora –  Árvore de textura fina e frutos saborosos. A pitangueira também atrai os passarinhos e tem porte pequeno, raramente alcançando 12 metros de altura.
  16. 16. Jacarandá – Jacaranda mimosaefolia – Um verdadeiro clássico. Árvore decídua, de floração exuberante. Ideal para arborização de ruas em regiões de clima subtropical.
  17. 17. Árvore-da-china – Koelreuteria bipinnata – Floresce no outono, despontado inflorescências eretas com flores amarelas, que em seguida são tomados por frutos papiráceos, duráveis, de cor salmão. Para clima subtropical. Atinge até 12 metros – plantar em calçadas sem fiação.
  18. 18. Resedá – Lagerstroemia indica – Arvoreta largamente utilizada na arborização urbana. Tem florescimento esplendoroso, é decídua e tolerante a podas drásticas. Atinge 8 metros de altura.
  19. 19. Leucena – Leucaena leucocephala – Árvore nativa da América Central, leguminosa, de pequeno porte e flores em forma de pequenos pompons. Tolerante à seca. Atinge 7 metros de altura.
  20. 20. Alfeneiro – Ligustrum lucidum – Uma das espécies mais cultivadas na arborização urbana do sul do Brasil. Oferece boa sombra, mas a floração de muitos exemplares ao mesmo tempo pode intensificar os casos de alergia à pólen.
  21. 21. Magnólia – Magnolia spp – As magnólias além de belas e perfumadas, são muito interessantes para arborização urbana por seu porte pequeno. Decíduas e próprias para o clima subtropical e temperado. Alcançam de 5 a 10 metros de altura.

  22. O curioso tronco da Melaleuca. Foto de Sydney Oats
    22. Melaleuca – Melaleuca leucandendron– Árvore nativa da Austrália, que chama atenção pela casca do seu tronco, que é curiosa, desprendendo-se e com textura de papelão. Floração ornamental. Atinge 15 metros de altura. Não plantar sob rede elétrica.
  23. 23. Cinamomo – Melia azedarach – Árvore bastante utilizada na arborização urbana. Indicada para clima subtropical. Floração ornamental e frutos atrativos para avifauna. Alcança até 20 metros de altura.
  24. 24. Amoreira-preta – Morus nigra – Árvore frutífera, muita atrativa para os passarinhos. Atinge 10 metros de altura.
  25. 25. Calabura – Muntingia calabura – Árvore ornamental por seus ramos delicados e arqueados. Frutos pequenos bastante atrativos par as aves. Atinge 10 metros de altura.
  26. 26. Jabuticabeira – Myrciaria cauliflora – Uma unanimidade. Árvore nativa, de frutos saborosos que surgem diretamente do caule. Alcança 8 metros de altura.
  27. 27. Jasmim-manga – Plumeria rubra – Arvoreta de flores muito perfumadas e aspecto escultural. Ideal para regiões litorâneas. Atinge 6 metros de altura.
  28. 28. Cerejeira-do-japão – Prunus serrulata – Árvore decídua, de grande valor ornamental, por ser florescimento espetacular. Própria para clima subtropical e temperado. Alcança 6 metros de altura.
  29. 29. Aroeira – Schinus molle e Schinus terebinthifolius – Árvores belas e atrativas para avifauna. São de pequeno porte, atingindo de 8 a 10 metros de altura.

  30. A florada do Jacarandá. Foto de Beatrice Murch
    30. Pau-fava – Senna macranthera – Árvore nativa e de pequeno porte, com floração ornamental e aspecto elegante. Atinge até 8 metros de altura.
  31. 31. Canafístula-de-besouro – Senna spectabilis – Árvore decídua, nativa do nordeste, de florescimento ornamental e pequeno porte. Alcança 9 metros de altura.
  32. 32. Ipê – Tabebuia spp – Gênero de árvores, em sua maioria nativas, decíduas, de tronco e ramagem elegantes, madeira resistente e florescimento exuberante em diversas cores. Ipê-amarelo, Ipê-branco, Ipê-rosa e Ipê-roxo. Atingem de 10 a 35 metros, dependendo da espécie. São adequados para calçadas sem fiação elétrica.
  33. 33. Ipê-de-jardim – Tecoma stans – Arvoreta ideal para calçadas. Apresenta florada amarela e duradoura. Atinge 7 metros de altura.
  34. 34. Quaresmeira – Tibouchina granulosa – Árvore nativa da Mata Atlântica, de pequeno porte, largamente utilizada na arborização urbana, por sua rusticidade e florescimento ornamental. Alcança até 12 metros de altura.
  35. 35. Manacá-da-serra-anão – Tibouchina mutabilis – Belíssima arvoreta, em que é possível admirar flores em três cores diferentes simultaneamente, branca, rosa e roxa, de acordo com a idade da flor. Atinge 6 metros de altura.
A lista não para por aí. Você também pode usar uma variedade de coníferas, que apesar de seu formato geralmente cônico a colunar, desde à base, são escolhas interessantes para calçadas largas. As palmeiras, em sua maioria (com exceção das entouceiradas, espinhentas e as de porte gigante), são muito indicadas para ornamentar ruas, avenidas e calçadas. A diversidade de árvores é enorme e você pode gostar justamente de uma que viu em algum lugar. Veja as características que uma árvore para arborização de calçadas deve ter:
  • – Não possuir raízes superficiais ou agressivas
  • – Não ter frutos ou flores grandes
  • – Não possuir espinhos
  • – Não ser tóxica
  • – Não ser de grande porte (mais de 20 metros de altura)
  • – Não possuir madeira frágil, suscetível à quebra ou ataque de cupins (evite árvores de crescimento muito rápido)
  • – Não ser invasora

Consulte sempre um arquiteto: www.alfaiaarquitetura.com.br 

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