O indescritível prazer de colher e saborear frutos colhidos diretamente no pé já não é mais exclusividade de pessoas que moram em casas com grandes quintais ou em espaçosas fazendas. Parece brincadeira, mas acredite, é possível ter árvores frutíferas em pequenos quintais ou até mesmo em varandas, através do cultivo em vasos.
Os frutos serão tão deliciosos quanto os desenvolvidos através do cultivo tradicional. Além de fazerem sucesso no paisagismo, são igualmente saudáveis.
Romã, pitanga, araçá, jabuticaba, maracujá, amora, acerola, todos os citros e goiaba são algumas das espécies possíveis para o cultivo em vasos.
A escolha dos vasos é muito importante e é sem dúvidas um passo que deve ser levado em consideração. Eles devem ser escolhidos de forma cuidadosa para manter a umidade do solo e ornamentar a espécie selecionada. Cada espécie precisa de um determinado espaço para seu desenvolvimento, assim sendo é preciso escolher o vaso prestando atenção na profundidade.
Diferentemente das árvores plantas diretamente no solo que não necessitam de muitos cuidados, as espécies plantadas em vasos requerem contínuos cuidados. O fator principal é em relação a posição do vaso. Ele precisará de luz solar, mais que necessária para que a planta possa crescer de forma saudável.
Também é preciso atentar-se a área disponível, que deve ser em média de 2m² para cada vaso de frutífera.
Vaso, drenagem e terra
Você precisará de um vaso que contenha pelo menos 20 litros de terra para cada frutífera. É de total importância o espaço para que as raízes possam se expandir, e sendo assim, os vasos bojudos se tornam uma ótima opção.
A drenagem do fundo do vaso é uma parte importantíssimo no plantio de qualquer espécie. Com as frutíferas não é diferente. Vasos que proporcionam uma drenagem ruim resultam em acúmulo de água, o que fará com que as raízes apodreçam. E pode ser ainda pior, acredite. Vasos sem camadas drenantes propiciam o crescimento de minhocas que alojam-se por entrarem pelos furos dos vasos. Minhocas em áreas fechadas (como os vasos, por exemplo) formam torrões que compactam o solo e isso prejudica a aeração e o crescimento das raízes.
Os materiais mais indicados para drenagem são: Seixos, argila expandida, manta bidin, brita e cacos de telhas.
O solo para o plantio de frutíferas deverá ser constituído com uma mistura de 50% de terra orgânica e 50% de areia média de construção (areia lavada). Ressaltamos aqui que os substratos são utilizados apenas para substituir a terra por um pequeno período pois não conseguem reter umidade e devido à isso as plantas podem definhar por desidratação.
Para que a muda seja mantida sempre nutrida durante o ciclo é necessário que haja nutrientes no solo. Eles irão garantir a produção de frutos e manter a planta saudável e se desenvolvendo de forma positiva.
Casca de ovo moída no liquidificador, húmus de minhoca, NPK 04-14-08, borra de café e calcário, são alguns dos elementos recomendados para a mistura.
Plantio
Para o plantio o torrão da muda precisa estar intacto e as raízes desenvolvidas. A planta deve ter porte médio, com galhos, uma significativa quantidade de folhas e principalmente estar saudável, sem doenças ou manchas nas folhas.
Após a montagem do vaso (camada de drenagem > distribuição da mistura (terra + nutrientes)) deve-se colocar o torrão da planta e completar as laterais com o restante do solo, apertando sempre ao redor do torrão para que a planta fique bem firme e posicionada. Cobre-se o torrão até a altura de cerca de 2 cm acima do torrão inicial. Ao finalizar o plantio faz-se necessária a irrigação.
O cuidado para não lesionar a planta é muito importante mas caso aconteça, pincelar canela em pó umedecida em água assepsia o lugar machucado.
Irrigação
A irrigação deverá ser feita de acordo com o clima de sua região. Dependendo do clima algumas espécies necessitam de até 3 regas por semana. Você pode fazê-las em dias fixos mas reduzindo-as em períodos de chuva e aumentando em épocas de seca.
Colheita dos frutos
Os frutos deverão ser colhidos sempre com o auxílio de uma tesoura de poda. Corta-se o pecíolo para a retirada dos mesmos. Durante esse processo é preciso atentar-se para não necrosar o caule pois cada ferida na planta é um risco para o alojamento de doenças que muitas vezes definham seu crescimento saudável.
Após a colheita é sempre necessário e importante fornecer à frutífera os nutrientes que foram gastos durante a produção. Essa reposição deve ser feita via adubação radicular com uso do NPK 10-10-10 e via foliar com uma formulação que seja mais completa o possível.
Fonte: Plantei Garden Center
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